Blogue Carlos Moura Couto, Fotógrafo
fotografias originais e comentarios sobre fofografia
quinta-feira, 28 de maio de 2015
A fotografia em 1988
Ano de 1988, os serviços de impressão fotográfica eram feitos em
laboratórios industrias, Os fotógrafos não tinham laboratórios porque as máquinas
de revelação dessa altura eram enormes ocupavam muito espaço exigiam muita mão-de-obra
porque o processo passava por varias fases, começava na revelação do filme
depois a impressão, a revelação de papel e terminava no corte na guilhotina que
era manual. Essas máquinas consumiam muita energia e só eram rentáveis em
grandes produções. Portanto a Leophoto prestava serviço para quase todos os
fotógrafos da zona de Famalicão, Barcelos e Trofa. O prazo de entrega dos
serviços era bastante mais demorado, o serviço de rolos amadores e as fotos
tipo passe que os fotógrafos nos traziam só eram entregues na semana seguinte,
as fotos de reportagem, Casamentos, Batizados e Comunhões demoravam entre 15 a
30 dias consoante a época do Ano. Também eramos uma espécie de revenda onde
vendíamos álbuns, rolos fotográficos, molduras e outros artigos relacionados
com fotografia. As minhas funções iniciais na Leophoto começaram por ações de
menos responsabilidade como cortar o papel na guilhotina rececionar encomendas
e colocare-las no armazém ajudar no atendimento dos clientes e a conhecer as
suas diferentes particularidades e exigências no serviço, rapidamente me
integrei e passado 1 ano já fazia de tudo um pouco desde a revelação de filmes
que na altura era um processo complicado que exigia muita concentração pois o ato
de retirar a pelicula (filme) do pequeno magazine em chapa, filme que agora sem
proteção de luz era colocado manualmente numa espécie de cruzetas para depois
ser colocado num elevador que movendo-se avançava o filme de tanque para tanque
de químico para químico, revelador, branqueador, fixador, estabilizador e
finalmente a estufa onde era feita a secagem do filme. Todos estes movimentos
eram feitos sem luz na escuridão absoluta e um erro significava o atropelamento
mecânico de todo o processo e consequentemente problemas na revelação que
poderiam ser mais ou menos graves consoante a fase do próprio processo. As
implicações em acidentes de revelação eram gravíssimas porque poderiam
prejudicar o trabalho de um ou vários fotógrafos.
terça-feira, 26 de maio de 2015
Causas para diminuição drástica na impressão de fotografias
A qualidade final ou seja a fotografia em si,
pouco evolui com o aparecimento da fotografia digital e a evolução tecnológica,
em muitos aspetos andou mesmo alguns passos atrás. As primeiras máquinas
digitais tinham os censores pequenos e com pouca resolução, também colocaram
lentes nos telemóveis, estes equipamentos rapidamente foram adquiridos pelos
consumidores. As imagens passaram a ser um consumo imediato, que nas memórias
dos equipamentos rapidamente eram substituídas por outras, Poucas imagens dessa
altura foram devidamente arquivadas e as imagens que eram impressas em termos
de qualidade deixavam a desejar eram mesmo dececionantes pois as espectativas
que a luminosidade dos monitores sugeria perdiam-se na exigência da impressão.
Estes foram alguns dos fatores que contribuíram para que muitas pessoas
deixassem de imprimir fotografias e consequentemente que muitas lojas de
fotografia fechassem as portas. De facto nesta época os fotógrafos passaram uma
fase difícil e a fotografia também porque na minha opinião a fotografia pode
ser gerada de várias maneiras e criada com mais criatividade ou menos técnica
mas só nasce na impressão, ganhando vida quando nós tocamos o papel com a
imagem impressa, física e tocável que nas mãos de cada um e aos olhos de cada
um se transforma numa imagem única, para mim isto é a fotografia, as imagens
que nós vemos num monitor não passam disso mesmo, imagens que poderão ser fotografias.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
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